Nos últimos anos é perceptível o agravamento da crise da educação tradicional. Problemas como evasão escolar, baixo rendimento e violência estão intimamente ligados a um sistema educacional que não tem acompanhado processos evolutivos que envolvem de maneira ampla a sociedade em que vivemos. Quando tocamos na questão dos avanços tecnológicos a situação se torna ainda mais problemática.
Nesta perspectiva a Escola Livre é uma metodologia desenvolvida a partir dos preceitos de Educação Integral propostos por Helena Antipoff, atualizados pelos objetivos do milênio para a educação de acordo com o relatório da Unesco e implementados dentro do que há de mais atual na educação. A Escola Livre é utilizada no dia-a-dia da Nova Atmosphera, para crianças e jovens e pode ser implementada em qualquer espaço de educação, sendo assim, também uma das fontes de receita da instituição.
Leve a Escola Livre para sua escola!
Aprender a Conhecer
Aprender a Fazer
Aprender a Conviver
Aprender a Ser
Linguagens e Cidadania
Maker
Corpo e Mente
Empreendedorismo
Autonomia
Criatividade
Pensamento Crítico
Democracia
Cooperação
Internalidade
Cada habilidade foi desmembrada em 3 atitudes comportamentais que norteiam as 18 trilhas para cada área do conhecimento.
As trilhas são inspirações para que o educador atue dentro da área, focado nas habilidades socioemocionais. Cada trilha tem a potência de desenvolver no mínimo 3 atividades.
Além da potência das trilhas, o programa já conta com mais 200 roteiros de atividades prontos para o uso.
Fazer e Querer.
O aprender fazendo, possibilita aos estudantes aprenderem de maneira pessoal. Uma criança que brinca e aprende ao mesmo tempo se comporta como um autêntico explorador, pois aproveita o inesperado, usa experiências pessoais e usa materiais familiares de formas não familiares.
Esse tipo de exploração livre é uma estratégia usada há muito tempo pelos mais antigos inventores e exploradores. Como estamos em uma época em que as coisas mudam muito rápido, essa tem sido uma valiosa estratégia por permitir improvisar, adaptar e tentar novamente.
São projetos que tem várias formas de solução e provém solo fértil para a expressão das inteligências múltiplas, teoria abordada por GARDNER (1994).
Conhecer e pensar.
Empatia, cooperação, compartilhamento, solidariedade, bem comum são conceitos e práticas que perpassam todas as áreas e ações. Mas será no espaço de Cidadania e Linguagens que essas habilidades serão nomeadas, isto é, trabalhadas ativa e abertamente.
Para que os sujeitos construam um projeto que seja importante socialmente, eles devem saber fazer uma análise crítica do ambiente onde estão. O que meu bairro precisa? Ou minha casa, minha escola, etc?
Deve haver um exercício de expansão do olhar, de forma que os participantes consigam enxergar para além de si mesmos e compreendam o todo.
A realidade política, social, econômica, compreender as relações de poder, o respeito à diversidade, a intolerância, o funcionamento do espaço público atual etc., são assuntos que serão tratados nessa área de conhecimento, não com a transmissão de verdades e dogmas do (a) educador (a), mas como constante exercício de reflexão, questionamento de fatos cotidianos.
Conviver e sentir.
A área de Corpo e Mente visa trabalhar a unificação do corpo e da mente. O desafio é, através dessa harmonização, atingir a consciência corporal e emocional de forma que os sujeitos passem a se conhecer, conhecendo seus medos, limites, potencialidade etc.
Associado ao conhecimento de si, trabalha-se também a consciência do outro e da relação entre todos e o entorno, considerando que a qualidade dessa relação – entre as pessoas e com a Terra – é fundamental para a evolução da humanidade.
Mudar o mundo começa por mudar a si mesmo. Como disse Gandhi, seja a mudança que você deseja ver no mundo. Acalmar a mente e se conhecer, exercício que de tão simples torna-se complexo, traz comprovadamente benefícios físicos, mentais e é a chave para o desenvolvimento da empatia: habilidade essencial para empreendedores e cidadãos, construindo uma sociedade responsável em que cada parte é consciente de seu papel perante o todo.
Ser e pensar, sentir e querer.
As diferenças entre o ensino convencional e a educação empreendedora são imensas. Em uma aula de física, por exemplo, a ciência é a protagonista, existe além e apesar dos estudantes. A física é a mesma em Ponte Nova ou Moscou.
Pois bem, a tarefa do empreendedor é criar o futuro, sobre o qual não há ciência. Assim, na educação empreendedora como não há um conhecimento consolidado a ser transferido, cada aluno é o protagonista e tem a responsabilidade de gerar o próprio saber empreendedor, de caráter personalíssimo. Para isso ele responde a duas perguntas:
A primeira é “Qual é o meu sonho, que futuro desejo para mim e para a minha comunidade?”
A segunda e última é “o que farei para transformar esse sonho em realidade?”.
O professor não interfere na construção dessas respostas, porque nada sabe sobre o futuro, cuja criação é tarefa do aluno-empreendedor.
Empreendedores ultra experientes são bem-vindos à sala de aula, mas não podem apresentar soluções além daquelas que encontrou para o seu próprio negócio.